Vejo Steve Jobs como o novo inventor do avião. Possibilitou ao homem voar. Em segundos, atravessa vales, montanhas, oceanos, espaço e tempo, rápido como o pensamento em busca do grande sonho: ser livre.
Cada aparelho criado e desenvolvido por ele deve ter vindo com essa esperança de liberdade embutido em algum hardware acoplado nos minúsculos circuitos de sua maquina genial. Falo isso, pois, assim que nos apossamos um deles, esse espírito de liberdade, de mudança e transformação do mundo aflora dentro de cada um e começa aí a viagem pelo lindo mundo das comunicações interpessoais.
Sabendo um pouco sobre sua vida, percebe-se claramente seu objetivo com tudo isso: UNIR, APROXIAMAR AS PESSOAS.
A vida cotidiana tem a infeliz tendência do afastamento, da distancia imposta pela correria do dia a dia, do trânsito maluco e demorado, das filas infindáveis e a perda cruel de muito tempo na solidão, tentando resolver milhões de problemas. Pergunto-me se todas essas coisas passavam na cabeça dele quando resolveu criar tantas coisas em tão pouco tempo. Tem-se a impressão de que ele corria atrás de soluções urgentes como uma necessidade pessoal, o que ficou claro com sua morte tão jovem.
Acessibilidade, mecanismo de descobertas para a uma melhor qualidade de vida para os portadores de necessidades especiais, ele previu isso na década de 60. Percebeu que a humanidade precisava de acessibilidade. Em sua visão, todos tinham a necessidade de conhecimentos, trocas de experiências e recursos maiores e mais rápidos do que havia no mercado mundial. Com invenções além do seu tempo e provavelmente para um futuro ainda distante, deixou a disposição da humanidade um completo jogo de ferramentas de acessibilidade, tecnologia e conforto.
Quando se descobre a magia tecnológica que hoje paira sobre a humanidade, quando se percebe todas as facilidades de acesso as redes sociais e ferramentas pra construir e destruir o mundo, lembro-me de Santos Dumont, que jamais imaginou que sua invenção fosse ser usada para o mal, e se ele sonhasse com isso, com certeza ficaria muito triste e talvez parasse de construir.
Então, os tablets e tudo que Jobs criou, use-os para o bem.
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